Tenho lido todos os posts do blog e consigo me ver tão revoltado quanto o escritor em todos os pontos citados. Primeiramente queria citar alguns pontos que estão me incomodando faz algum tempo, começarei falando sobre o discurso inflamado que a movimente-se sempre constrói e que chamarei de discurso padrão do revolucionário "oakley".
Esse tipo de discurso inflamado e tendencioso tem uma receita clara, ele primeiramente cria um inimigo terrível que está sempre criando novas maneiras de oprimir uma classe injustiçada. Em um segundo momento ele cria uma causa nobre e absoluta que seja impossível de se criticar. E finalmente o discurso parte para seus pontos finais e é nesse período do discurso que entra a parte mais perigosa, a de que os fins justificam os meios. Mas porque esses discursos conseguem movimentar tanta gente? É impossível de negar que tanto a invasão da reitoria como a paralisação da UEM inflamou os ânimos de muitos estudantes e causaram uma grande separação no meio acadêmico.
Na verdade essa grande separação dos alunos é um advento do próprio discurso adotado pelo movimento estudantil da universidade, que se intitula revolucionário, a criação de dois lados (esquerda e direita) faz com que o diálogo seja mais difícil pois qualquer crítica construtiva feita sobre um tópico já se torna rotulada como capitalista ou socialista, é absurdo que no século 21 ainda se fale sobre uma divisão criada durante a guerra fria. Para piorar ainda a segregação dos estudantes existe a segunda parte do discurso que usa palavras fortes e bonitas como educação, cultura e liberdade. Trazer essas noções criadas e garantidas pela sociedade após anos de história que provaram que a falta de qualquer uma delas faz com que o direito individual do ser humano seja ferido torna os argumentos de um lado fortes mesmo que sejam vazios. Digo isso pois um argumento criado para desconstruir o discurso do lado supostamente bom faz com que o crítico em questão esteja indo contra as próprias necessidades básicas de uma sociedade civilizada e o que o transforma em um inimigo cruel e impiedoso.
Esse tipo de discurso inflamado e tendencioso tem uma receita clara, ele primeiramente cria um inimigo terrível que está sempre criando novas maneiras de oprimir uma classe injustiçada. Em um segundo momento ele cria uma causa nobre e absoluta que seja impossível de se criticar. E finalmente o discurso parte para seus pontos finais e é nesse período do discurso que entra a parte mais perigosa, a de que os fins justificam os meios. Mas porque esses discursos conseguem movimentar tanta gente? É impossível de negar que tanto a invasão da reitoria como a paralisação da UEM inflamou os ânimos de muitos estudantes e causaram uma grande separação no meio acadêmico.
Na verdade essa grande separação dos alunos é um advento do próprio discurso adotado pelo movimento estudantil da universidade, que se intitula revolucionário, a criação de dois lados (esquerda e direita) faz com que o diálogo seja mais difícil pois qualquer crítica construtiva feita sobre um tópico já se torna rotulada como capitalista ou socialista, é absurdo que no século 21 ainda se fale sobre uma divisão criada durante a guerra fria. Para piorar ainda a segregação dos estudantes existe a segunda parte do discurso que usa palavras fortes e bonitas como educação, cultura e liberdade. Trazer essas noções criadas e garantidas pela sociedade após anos de história que provaram que a falta de qualquer uma delas faz com que o direito individual do ser humano seja ferido torna os argumentos de um lado fortes mesmo que sejam vazios. Digo isso pois um argumento criado para desconstruir o discurso do lado supostamente bom faz com que o crítico em questão esteja indo contra as próprias necessidades básicas de uma sociedade civilizada e o que o transforma em um inimigo cruel e impiedoso.
Por último mas não menos importante o discurso padrão de um revolucionário "oakley" traz a tona a ideia de que os fins justificam os meios. Nesse momento se você leitor do discurso já concorda com tudo que já foi dito anteriormente irá, eventualmente, falar e dizer coisas horríveis para defender a causa, poderá até usar argumentos que ferem as palavras citadas anteriormente no discurso. Nesse momento a hipocrisia toma conta de toda a razão que sobrava nas ideias anteriores e você poderá chegar ao absurdo de queimar pneus na frente de uma faculdade estadual, ferindo não só a liberdade de ir e vir de todos os estudantes e cidadãos, mas também a constituição. Esse comportamento absurdo é cuidadosamente preparado pelas palavras fortes no texto que tem uma mensagem clara: para alcançar a nobre causa de uma educação melhor qualquer coisa pode ser feita, e qualquer pessoa que seja contra isso é o inimigo e sua opinião vai contra os princípios da sociedade.
Mas como podemos nos defender dessa investida implacável à democracia e à razão? Sinceramente penso que o melhor jeito de nos defender é acabar com as divisões de esquerda e direita, afinal essa definição é arcaica e desnecessária. Outra maneira é desconfiar de informações de cortes absurdos e não se deixar levar pelas palavras inflamadoras dos sermões do DCE atual. Podemos ainda nos juntar e votar em uma chapa que não saia por aí sujando as paredes da universidade com trechos de músicas de bandas e cantores que viveram em uma época onde realmente havia um inimigo cruel e impiedoso, uma época em que um blog como o reação UEM não poderia existir porque, mesmo com nossas ideias de "direita", ele mostra problemas que a universidade enfrenta diariamente em uma perspectiva aberta e justa com todas as opiniões com comentários abertos e anônimos. E por último não devemos nos deixar levar pelo argumento da defesa da nobre causa pois é nesse tipo de ideia que surgem os maiores perigos a sociedade.
Por Capitalista Alienado
P.S: Quem quiser uma leitura que mostra muito bem o perigo de se usar o pensamento "Os fins justificam os meios" procurem a revista em quadrinho Watchmen de Alan Moore, procure ainda ler 1984, de George Orwell que mostra uma perspectiva muito mais agressiva da ideia.